DÉCIMO NONO CAPÍTULO - A ROMARIA DE IBIAÇÁ CONTADA EM 20 CAPÍTULOS
O Romeiro, no Santuário, diante da imagem milagrosa de Nossa Senhora Consoladora.
Quem chega ao Santuário de Nossa Senhora Consoladora de Ibiaçá fica maravilhado ao ver o povo rezar com confiança a Deus, diante da imagem milagrosa da Mãe de Deus. Milhares de romeiros a cada ano dirigem-se ao Santuário da Mãe Consoladora para buscar alento, conforto e graça para realizar na própria vida a vontade de Deus.
Os fiéis, ao partirem de suas casas, alimentam a esperança de alcançar uma graça, um milagre. Querem recuperar a saúde, ou resolver um problema familiar, comunitário, econômico. Ao voltarem para seus lares, percebem ter encontrado algo mais, o perdão, a paz interior, a paciência nas provações e a alegria de quem sabe ser amado por Deus. Este é o milagre permanente dos Santuários Marianos. A mãe do Filho de Deus também é nossa Mãe. Ela sempre concede a cada um, o que é para o bem de seus filhos.
A graça maior é aprender com ela, Mãe e discípula predileta de Jesus, a acreditar na missão redentora de seu filho e a fazer a vontade de Deus.
Maria é Mãe. É ela quem entende de amor. É ela quem ensina os filhos e as filhas a viver a fraternidade que Jesus veio estabelecer entre nós. Diante da imagem terna de Maria aprendemos a partilha e a reconciliação, procuramos esquecer as mágoas e ressentimentos e colocar em prática os mandamentos do amor de Jesus.
Ela une os romeiros, fazendo-nos descobrir que, à luz da imagem de Cristo, somos todos irmãos chamados á solidariedade e á construção de famílias e comunidades, onde reina Justiça e a Paz.
A Mãe Consoladora de feição tão linda em sua Milagrosa imagem dê sempre mais a graça de reunir os filhos para além das diferenças de classe e raça, ajudando-nos a entender que o ensinamento de Jesus faz-nos ouvir o clamor do povo sofrido e descobrir o compromisso com a defesa da vida principalmente dos mais excluídos da sociedade.
O Beato Papa Paulo VI, no ano em que se encerrava O Concílio Vaticano II, na Carta Encíclica MENSE MAIO, afirmava:
“É a Maria que se dirigem nossas súplicas, implorando com maior fervor e confiança as suas graças e os seus louvores. Ela que experimentou as penas e tribulações da terra, o cansaçodos trabalhos de cada dia, as dificuldades e os apertos da pobreza, bem como as dores do calvário, venha em socorro das necessidades da Igreja e do mundo; acolha benigna os pedidos de paz que a Ela se elevam de todos os pontos da terra, ilumine aqueles que dirigem o destino dos povos; obtenha que Deus, dominador dos ventos e das tempestades, acalme também as tempestades dos corações humanos em guerra e nos conceda a paz nestes nossos dias, a paz verdadeira que se funda nas bases sólidas e duradouras da justiça e do amor”